Como a psicologia pode contribuir no processo de cirurgia bariátrica?


Como a psicologia pode contribuir no processo de cirurgia bariátrica?


A atuação ideal da psicologia irá acontecer nos momentos pré e pós-operatórios. Quando indicado, pode ocorrer, também, em momento operatório: a atenção é voltada tanto ao paciente quanto ao familiar/contato responsável para o entendimento do processo e apoio no pós-operatório. Antes da cirurgia ocorre a realização de entrevistas de avaliação e orientações, além do uso de instrumentos para avaliação psicológica compatíveis com as normativas pertinentes ao processo. Pode ocorrer, também, a necessidade de início de processo de psicoterapia para adequações cognitivo e comportamentais e apoio/orientações para necessidades emocionais que estejam impactando negativamente no processo de ganho/perda/reganho de peso. Após a cirurgia é adequado que seja realizado acompanhamento, principalmente no primeiro ano, quando costumam acontecer dificuldades de adaptação às novas demandas de cuidados e exacerbação de alguns aspectos psíquicos.

Espero que esse texto tenha contribuído para melhorar a sua percepção quanto ao papel da psicologia, que integra a equipe multiprofissional para agregar benefícios em prol do paciente, no que toca a sua saúde física e emocional.


Deixo abaixo algumas informações relacionadas à cirurgia bariátrica, tendo como fonte a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM.


Um forte abraço e até breve!

Te encontro na sua avaliação.


CARLA SOLANGE GOMES

Especialista em Psicologia Hospitalar e da Saúde

CRP 06/85.925www.csgpsicologia.com(11) 99743-7473 (whatsapp)


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CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA

O maior benefício da cirurgia bariátrica e metabólica, além da perda de peso é a remissão das doenças associadas à obesidade, diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida.


Com o desenvolvimento das novas tecnologias os riscos hoje de uma cirurgia bariátrica são menores. Entretanto, apesar de baixos, riscos existem em qualquer procedimento cirúrgico e por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos habilitados e com experiência comprovada. Por isso orientamos aos pacientes que se informem antes sobre a experiência do profissional escolhido.


QUEM PODE FAZER


A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios: IMC, idade, doenças associadas, tempo de doença.


Em relação ao índice de massa corpórea (IMC)

IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades.


IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.


IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.


Em relação à idade

Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por 2 cirurgiões bariátricos titulares da SBCBM e pela equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.


Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.


Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.


Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.


Em relação ao tempo da doença

Apresentar IMC estável há pelo menos 2 anos e comorbidades em faixa de risco além de ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.


CONTRAINDICAÇÕES


As situações abaixo configuram condições adversas à realização de procedimentos cirúrgicos para o controle da obesidade:


Limitação intelectual significativa.


Pacientes sem suporte familiar adequado.


Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso continuo de álcool ou drogas ilícitas.


No entanto, quadros psiquiátricos graves, alcoólatras e adictos sob controle não são contra indicativos à cirurgia.


Doenças genéticas.

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