Depressão

 


No meu trabalho cotidiano tenho recebido inúmeros casos de depressão com os mais diversos graus de comprometimento. Observo que as pessoas estão muito vulneráveis aos mais diversos estímulos: ambientais e internos. O ser humano que sofre, em sua maioria, tem baixo limiar ao sofrimento e à frustração. Esse é o ponto exato a ser trabalhado em psicoterapia. A pessoa que se coloca à minha frente (ou lá é inserida) tem como se fosse uma venda em seus olhos que a impede momentaneamente de ver possibilidades. Eu, enquanto profissional da saúde mental, consigo ver um leque de possibilidades a serem trabalhadas. Abre-se diante dos meus olhos um pergaminho de questões que podem ser lapidadas em um esforço conjunto entre psicoterapeuta e paciente. Porém, existe uma primeira pergunta a ser respondida antes de qualquer movimento: o paciente está pronto para a metamorfose? Se estiver, ótimo! Temos o primeiro degrau galgado rumo à superação das dificuldades que se apresentam. E quando o paciente ainda não estiver pronto? O que fazemos? Preparamos o terreno: para a semente vingar é preciso tornar o solo fértil. Como? Ajudando o paciente a perceber as suas próprias dificuldades: os eventos desencadeadores do sofrimento, seus pensamentos, sentimentos, comportamentos, as consequências para si e para quem o cerca, formas pessoais de enfrentamento, desfechos... Isso só para começar. É necessário, também, que se lance um olhar para o seu histórico de enfrentamento para tentar entender suas forças/adequações e fraquezas/inadequações comportamentais prévias.

Mas o que é depressão? O que um paciente e/ou sua família devem observar para saber se é preciso pedir ajuda?

Segundo o DSM-5 (APA 2014) podemos observar algumas características em um quadro depressivo, não necessariamente todas ao mesmo tempo:
-humor deprimido (em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável);
-diminuição do interesse em atividades;
-perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado);
-insônia ou hipersonia quase todos os dias;
-agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
-fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
-sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada;
capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias;
-pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão, mas alguns diagnósticos diferenciais podem ser encontrados através deles.
A Depressão é uma doença mental de elevada prevalência, é associada ao suicídio nos casos graves, tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. O tratamento pode ser medicamentoso e/ou psicoterápico. A escolha do antidepressivo, quando necessário, é feita com base nas características do quadro clínico. De 90 a 95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo. É de fundamental importância a adesão ao tratamento. Cuidados interrompidos por conta própria ou uso inadequado da medicação pode aumentar significativamente o risco de cronificação.

A prevenção pode ser feita mantendo um estilo de vida saudável:

-Cuidados com a alimentação
-Prática regular de atividade física
-Atividades de bem-estar
-Evitar o consumo de bebida alcoólica
-Não fazer uso de drogas
-Diminuir consumo de cafeína
-Higiene do sono
-Seguir orientações da equipe de saúde

Muitas pessoas vivenciam os sintomas depressivos sozinhas. Ainda há muito preconceito e desconhecimento da sociedade em torno do adoecimento psicológico e, com isso, o paciente pode sentir-se envergonhado de falar sobre o seu problema, com medo de ser julgado e por fantasias de loucura.

Convido você, que sofre, a interromper esse ciclo e buscar ajuda profissional.
Agende uma consulta de avaliação. Venha me contar o seu problema. Juntos podemos pensar sobre o seu sofrimento e encontrar possibilidades de cuidados.
Até breve!

Carla Solange Gomes
CSG PSICOLOGIA
CRP 06/85.925 e 06/8511/J
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